segunda-feira, 19 de julho de 2010

Cuidados na gravidez podem evitar estrias

OBS: matéria publicada na revista Radar em 2009.

Umas das principais preocupações que vem a cabeça das mulheres, que ainda não têm filhos, são as estrias que podem vir junto com os bebês durante a gravidez. As marcas brancas e definitivas podem se instalar ao longo do corpo durante a gestação devido a diversos fatores. Pesquisas apontam, inclusive, que elas acabam afetando 90% das futuras mamães. Por isso, é importante iniciar a prevenção o quanto antes.

Conforme o dermatologista Cristiano Lange, as estrias são alterações na pele, semelhantes a cicatrizes provocadas pelo aumento da massa corporal. Sendo assim, o primeiro passo para se proteger é saber como elas se formam. O tecido que reveste o corpo é composto de camadas conhecidas como epiderme e derme. É na derme, a mais profunda delas, que se localizam as fibras de elastina e colágeno, responsáveis por toda a firmeza. Em algumas gestantes, as fibras não acompanham o aumento do volume corporal. Daí, elas se rompem, formando as estrias.

“Acontece uma distensão das fibras que fazem a sustentação da pele, o que acaba causando uma espécie de uma cicatriz. Com isto, a pele fica mais flácida e perde a elasticidade natural”, complementou Cristiano. As avermelhadas são aquelas recém formadas, já as brancas são aquelas que estão há algum tempo no corpo da mulher. Em ambos os casos, depois de formadas elas não desaparecem mais, mas podem ser amenizadas com tratamentos.

Os fatores desencadeantes das estrias são os mais diversos. “Desde fatores genéticos, no qual algumas pessoas têm mais facilidade de adquirir; alterações hormonais, até mesmo medicações que contenha hormônios; adolescentes em fase de crescimento, também podem ocasionar estrias, pelo desenvolvimento muito rápido e alteração hormonal”, expôs o dermatologista. Tudo isso, porque a pele não consegue acompanhar o crescimento acelerado e aí elas acabam surgindo.

É algo extremamente comum também que elas ocorram durante a gravidez. “Não só pelo crescimento do abdômen da mulher, mas pelo efeito hormonal da gestação”, explicou Cristiano. Não tem mês da gestação mais específico para elas aparecerem, mas, segundo o especialista, geralmente ocorrem a partir da segunda metade da gestação, quando realmente aumenta o tamanho do útero e o peso de forma mais acelerada.

As partes mais atingidas variam conforme o tipo de alteração que a pessoa sofre no corpo. “Na gravidez, em geral, as estrias aparecem na parte da barriga e nas mamas. Em adolescentes na fase de crescimento, acontecem mais nas costas e nas coxas. Pessoas que problemas com hormônios ou aumento de peso, são mais comuns nas coxas, nádegas e no baixo ventre”, contou Lange.

O melhor mesmo é prevenir. “Uma vez que ela se instalou, existem tratamentos para melhorar, mas não tem tratamento 100% que faça desaparecer”, pontuou Cristiano. Para tanto, são necessários alguns cuidados para evitar que apareçam. “Não é aconselhável alterações de peso muito rápido, manter a pele hidratada, evitar uso de medicações que tenham efeitos hormonais”, contou o dermatologista. Além disso, beber muita água, ajuda hidratar a pele e ingerir alimentos ricos em vitamina C, que contribuem para produção de colágeno.

Na gravidez fazer o importante é fazer acompanhamento obstétrico do peso, até mesmo pela saúde da mãe e do bebê, fazer hidratação da pele. “Os tratamento que existem realmente melhoram a estria, como já dito anteriormente, mas elas não somem totalmente. Eles servem para melhorar a textura e a elasticidade da pele no local afetado”, destacou o especialista. São utilizados cremes, como também outras alternativas, como os lasers e peeling.

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